O Manifesto do Altruísmo:
- João Abrão Jorge Filho
- 15 de nov. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de nov. de 2023
Questionamentos políticos, sociais e filosóficos sobre o individualísmo e a necessidade do coletivo
Autor: Philippe Kourilsky Editora: Editora Elsevier - selo Campus Nº de páginas: 215
ATENÇÃO!
Não julgue um livro pela capa, ou melhor pelo subtítulo:
Esse livro não trata sobre capitalismo versus socialismo/comunismo,
ele trata sobre o conceito de liberdade e sobre altruísmo!!!!

Resumo: Fome, condições sanitárias precárias, doenças que poderiam ser evitadas pela vacinação, extrema pobreza, a super exploração (e o esgotamento) dos recursos naturais e finitos de nosso planeta, o altruísmo (ou como o autor chama, o dever de altruidade - que é o compromisso deliberado de agir pela liberdade dos outros) é a chave para mudarmos essa realidade espantosa.
Análise: o autor, traz a tona defeito no nosso direito a liberdade, que não pressupõe dever algum. A liberdade simplesmente não pode ser entendida como "acaba aonde começa a do meu próximo", devem existir parâmetros mais objetivos e o autor traz a conduta altruísta como padrão para nortear nossas escolhas individuais e coletivas.
Opinião: No post anterior, falamos sobre um livro de uma ficção que relata os problemas do socialismo/comunismo de forma prática, neste estamos fazendo uma espécie de caminho inverso, pontuando, ainda que indiretamente alguns problemas do capitalismo e do excesso de liberdade.
Assim como a própria história contemporânea prova que o socialismo/comunismo não funcionou como foi planejado, a ideia de liberdade desmedida (econômica principalmente) também traz como consequência as inúmeras injustiças sociais que presenciamos.
Tal qual como o autor, podemos concordar (ainda que parcialmente) que a ideia equivocada de que liberdade, associada como um direito do ser humano sem qualquer contrapartida individual (ou coletiva em alguns casos), e impulsionado pelas instituições políticas, econômicas e sociais, pode ser a causa de tantas injustiças e desigualdades sociais.
Este livro nos leva ao pensamento de que os problemas locais e globais mesmo que nos parecerem distantes, de muitas maneiras, nos dizem respeito: frente às dificuldades do mundo, cada um de nós é de fato responsável por sua própria atitude no dia-a-dia.
Deixo uma reflexão que está no livro: "De forma pragmática, o que significa a minha liberdade fundamental de viver se morro de fome ou se não posso comprar pão? A pobreza é perda de liberdade."
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